sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Viagem a Argentina e Chile: Conhecendo a Cordilheira dos Andes em 6 Pasos - 5° dia

Olá Pessoal,


Saímos do hotel e fomos dar uma volta pela praça para ver se o museu e o comércio em geral estavam abertos. Ainda tudo fechado... por aqui a 'vida' começa após às 9 horas da manhã. 
Nossa meta é chegar em Bariloche hoje.







O Parque Nacional Lanín agrega uma área de 3790 km² de pura floresta patagônica ao longo da fronteira com o Chile e a norte do Parque Nacional Nahuel Huapi na Argentina. As cidades de Junín de los Andes, Aluminé e San Martín de los Andessão as melhores bases para explorar o parque e seus vários lagos.


Como estávamos em Junín de los Andes que é uma das cidades mais próximas, resolvemos tentar chegar o mais próximo do Vulcão Lanín que fica a 25 km da cidade. 

Lanín é um vulcão em forma de cone na fronteira entre a Argentina e o Chile. É um símbolo da província argentina de Neuquén, sendo uma parte da sua bandeira e do seu hino. Embora a data da sua última erupção não seja conhecida, estima-se que tenha ocorrido nos últimos 1000 anos. Existem dois caminhos: um ao norte, começando a 1200 metros acima do nível do mar e próximo do Lago Tromen, acessível através da Estrada Provincial 60, e um ao sul, começando ao lado do Lago Huechulafquen, acessível por meio da Estrada Provincial 61. Optamos ir pelo norte, pela 60, por ter a maioria do trajeto asfaltado, conforme sugerido pelo Gendarmerie na entrada de Junín de los Andes.


Lanín significa “rocha morta” em língua mapuche. O parque, junto à fronteira com o Chile, criado em 1937, abrange uma área de quase 380 hectares de florestas, mais de vinte lagos, rios e picos nevados. O destaque é o Vulcão Lanín, uma imagem grandiosa, com  seus 3.776 metros de altitude, 1.500 a mais do que os picos vizinhos. Seu topo permanece coberto de neve durante todo o ano. 









Certas árvores do parque, como o pehuén, espécie de araucária, chegam a alcançar 45 metros de altura. Sua semente, o pinhão, faz parte até hoje da alimentação dos mapuches.


Seguimos até um certo ponto, pois já estávamos a 10 km da fronteira com o Chile... e ainda não era a hora de começar a fazer a travessia pela cordilheira... rsrsrs








Daqui, seguimos para San Martin de los Andes... 

San Martín de los Andes foi fundada no final do século XIX junto ao Lago Nácar, bem aos pés dos Andes, na bela região dos Sete Lagos. 


Nossa intenção era visitar o Museu do Che (La Pastera Museo del Che). Para nossa surpresa estava fechado e só abririam após o dia 2 de janeiro... Então o jeito foi, pelo menos, registrar.







Passamos pela cidade, muito bonita e organizada por sinal... Almoçamos e paramos em umas lojas de artesanato para comprar algumas lembranças.


Visitamos a praça e o Museu Mapuche, infelizmente seria restaurado e só haviam fotografias, todas a peças foram retiradas do local.





Por ficar às margens do Lago Lácar, San Martín oferece como um de seus maiores atrativos os passeios de barco. Além da passagem de barco você precisará pagar a entrada para o Parque Nacional Lanín, vendida no ancoradouro.




Vista da cidade e do Lago Nácar do mirante



Toda essa área integra o Parque Nacional Lanín, que tem sede em San Martín de los Andes (por ter uma estrutura melhor) e possui na sua rica fauna animais como o condor, o puma, o guanaco, o zorro, o huemul (um cervídeo) e o huillín (um pequenino parente das lontras). Estas duas últimas espécies se encontram em extinção.






Nos despedimos de San Martin de los Andes com este visual e seguimos para Villa Traful fazendo umas pequenas paradas pelo caminho para conhecer alguns dos mais belos lagos da região.





Lago Hermoso







Encontramos com um pessoal de Blumenau aqui: Sr Arlindo Schulz acompanhado de um casal. Estavam vindo de Bariloche e depois seguiriam ao Chile.




Na estrada que leva a Villa Traful...




É um dos lugares mais belos e intocados da região. Está no meio do Caminho dos 7 lagos - um roteiro imperdível. O nome Traful é de origem Mapuche, que significa “união”, em alusão a confluência dos rios Traful e Limay.












  













Lugar encantador!!! Hora de dizer adeus e seguir para nosso objetivo do dia: Bariloche!





Chegando em Bariloche...


O nome da cidade vem da palavra vuriloche, tribo indígena que habitou o local. Localizada às margens do Lago Nahuel Huapi, numa região de grande beleza natural, possui atrativos que não encontramos aqui no Brasil, a começar pelos picos nevados que a rodeiam. A paisagem urbana é peculiar: grande parte das construções é de pedras e madeira, com telhados de duas águas, no estilo “andino” criado pelo arquiteto Alejandro Bustillo (1889-1982), que se inspirou nos chalés alpinos. Tudo começou quando, em 1938, ele ganhou o concurso feito para escolher o projeto do centro turístico de Bariloche, que é hoje a sede do Hotel Llao Llao. Bariloche é um dos centros turísticos mais importantes da Argentina. Nos meses menos frios, as paisagens verdes, os lagos de cores surpreendentes e, no inverno, esquiar ou simplesmente curtir a neve. No verão, a temperatura pode chegar a mais de 30°C e no dia seguinte despencar para 10°C. Nessa época do ano o sol se põe às 21 horas, uma delícia. É aconselhável, em qualquer época do ano, levar roupas quentes, protetor solar e óculos escuros, já que nessa região o tempo sofre “viradas” súbitas. 

Durante a alta temporada, Bariloche tem vida noturna animada e é bastante frequentada por jovens; aliás, no final do ano, é tradição dos recém-formados comemorar em Bariloche a conquista do diploma. Encontramos com vários ônibus de turismo, cada um com uma turma de jovens devidamente caracterizados com jaquetas e cada grupo com uma cor diferente. Estavam pela cidade inteira, passavam pelas ruas entoando coros que mais pareciam uma torcida de futebol.




Nesta viagem, a única reserva de hotel que fizemos foi em Bariloche. Nossa intenção era chegar no dia 31 e corríamos o risco de não conseguir lugar. Como em Junin e San Martin de los Andes todos os atrativos estavam fechados, acabamos chegando um dia antes. Mesmo assim, fomos direto ao hotel e não tivemos problemas, conseguimos adicionar uma noite à nossa reserva.

Instalados, resolvemos dar uma voltinha pela cidade já que ainda era bem claro...





O Centro Cívico é um dos lugares mais bonitos do centro. Monumento Histórico Nacional, seus edifícios em estilo medieval estão localizados em torno de uma pequena praça. Inaugurado em 1934, ali se encontram: a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Turismo, Polícia Local, Museu da Patagônia e Biblioteca Sarmiento. Somente o departamento policial e a secretaria de turismo estavam abertos, o restante só abriria após o dia 2 de janeiro assim como os demais museus da cidade. Passeamos por ali e paramos em um restaurante para apreciar o chopp artesanal da região.





Na volta ao hotel, passamos em um mercado para comprar um vinho e uns petiscos para passar a noite. Já no hotel, pedimos ao recepcionista se teria como ceder 2 copos e 1 prato... Nos atendeu prontamente e para nossa surpresa trouxe 2 taças de vinho.


Um lanchinho com estilo rsrsrs. Um brinde a nós!!!





Até mais!


Pernoite em Bariloche - Hosteria Puyehue (U$ 54 dólares, com café da manhã (estilo buffet, mas bem básico). A reserva foi feita pelo site Booking.com e, para este hotel, não era necessário depósito antecipado.




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