sábado, 28 de maio de 2016

Considerações sobre a viagem

Bem, agora chegou a hora de deixar 'minhas' considerações sobre nossa viagem.



Pesquisei muito para esta viagem e posso dizer que é sempre bom estar prevenida. Segui as dicas de vários sites e blogs e fui adaptando as listas de 'check list' conforme nossa rota.

Levei muita roupa que praticamente não usei. Na verdade ficamos apenas uns 3 dias hospedados e passeando na cidade (Buenos Aires e Montevidéu). Sendo assim, na maioria das vezes, ficava com a própria roupa da viagem: calça e jaqueta e, quando chegava ao hotel, tomava um banho, colocava uma roupa para jantar e já voltava ao hotel. Com isso, acabava usando a mesma roupa, com uma ou outra variação.

Eu comprei uma segunda pele da Lupo (Lupo Advanced segunda pele térmica) e usei durante toda a viagem. Comprei dois jogos: calça e blusa de manga comprida. Acabei lavando o conjunto que usava em Itaqui, pois havia feito 2 dias quentes. Tive bastante trabalho para secar (tive que deixar o ar condicionado no quente, ligado a noite toda). No dia seguinte usei o mesmo que havia lavado.

 


Nos dias que se seguiram, fez muito frio e acabei usando sempre o mesmo conjunto. O outro veio intacto de volta para casa. Este produto da Lupo se mostrou ser muito bom e eficiente. Possui uma tecnologia que auxilia na eliminação do suor e mantém a temperatura do corpo. Não fica cheiro ruim, nem na blusa, nem na calça. Super aprovado!

Levei muitas blusinhas e usei somente 2. Como pegamos muito frio, acabava usando a roupa térmica (segunda pele) e uma blusa de lã por cima com um casaco ou um sobretudo.

A verdade é que não fui preparada para o frio que pegamos. Sabia que seria frio, mas não imaginava tanto.

De qualquer forma, podemos sobreviver com muito pouca roupa. Hoje posso dizer que 2 calças jeans, 2 camisetas e um calçado confortável são o suficiente. Se for para um clima frio, levar um bom casaco. O resto é só o equipamento que se utiliza mesmo.

Havia levado remédios básicos (a lista esta no check list) e outros materiais para emergências com a moto. Não precisamos utilizar nada, ainda bem. Mas destes, acho que não dá para abrir mão. É sempre bom ter e não usar, do que precisar e não ter!





Para esta viagem,  como sou muito magra e sobrava espaço nas costas, ao invés de comprar um encosto de top case, optamos por um travesseiro inflável, daqueles que se utiliza para acampar. Foi MUITO bom, bastante confortável, valeu cada centavo!
Comprei na Decathlon em Joinville, paguei uns R$ 30,00.






Na Decathlon também comprei uma luva de ciclista para usar na moto. Ela é bem leve e serve como luva de verão. Como eu não gosto das luvas sem dedo, e não encontrava uma luva decente, achei esta perfeita!

Sem falar que ela possui uma proteção nos dedos que permite utilizar o touch screen da tela do celular. Paguei 80,00... MUITO boa!!!





Eu já tinha uma luva impermeável da Alpinestar, que acabei usando na maioria da viagem. No dia que pegamos chuva saindo de Montevidéu foi onde mais senti frio nas mãos. A mão permaneceu seca, mas muito gelada. Para a próxima viagem, preciso providenciar uma segunda pele térmica para usar por baixo da luva, bem como uma meia térmica.







A calça comprada para esta viagem (Dainese) se mostrou muito boa, totalmente impermeável. Por baixo ainda usava a calça térmica. Este "térmico" da Lupo não é muito eficiente para baixas temperaturas. Ele é um produto para se utilizar em atividades físicas, mas ainda assim foi uma boa compra. Nos dias mais frios usava uma meia calça de lã por baixo da segunda pele da Lupo. A calça da Dainese além de leve é bem confortável. Aprovada!
Comprei na Moto Savages em Curitiba.






Minha jaqueta é uma Duchinni e também se mostrou eficiente. Numa ocasião sentia uma parte do meu braço muito gelada e parecia que estava molhada mesmo. Quando tirei a jaqueta, verifiquei que a blusa estava molhada e era bem na altura das aberturas de ar da jaqueta. Eu acabei deixando um pedacinho aberto, o que já foi suficiente para entrar água. Depois que eu fechei, não aconteceu mais. A partir de Buenos Aires já estava utilizando o forro térmico da jaqueta. Acho que sinto frio demais... :) Para terem uma ideia este era o "sanduíche" de blusas que utilizava: blusa térmica da Lupo + blusa cacharréu de lã + casaquinho de lã + jaqueta com forro :D










A bota da Mondeo também cumpriu com sua função: manter os pés secos! Ainda é um pouco volumosa e pesada e cansa se caminhar muito com ela, mas no quesito impermeável esta aprovada!
A bota foi comprada na Moto Savages também.




Quanto a alimentação: Levei 5 embalagens de barrinhas de cereal, voltaram 2. Cada embalagem possuía 3 barrinhas. Eu imaginei que não sobraria nenhuma, mas como na maioria das vezes parávamos para fazer as refeições nos postos de combustíveis, restaurantes etc. acabaram sobrando.De qualquer foram são muito úteis, não da para ir sem elas!

Senti falta de uma boa proteção na cabeça, como uma balaclava de lã ou de algum material mais quente.


Estava utilizando o buff (breeze, bandana...), mas era de um material frio (lycra) então acabava não esquentando muito. Ele é bom para proteger o cabelo, pois fica preso dentro e este não fica voando para fora do capacete. Também mantém o capacete limpo. Comprei 2 para esta viagem, optei pelos coloridos pois podem ser utilizados como acessório. Como uso a blusa geralmente preta, quando não está sendo usado, deixo no pescoço como um lenço.



Nunca havia feito uma viagem deste porte, tive alguns momentos de cansaço, mas deu para contornar numa boa. O único inconveniente mesmo foi o frio.

Para mim, além de uma nova experiência, um grande aprendizado. Conhecer as limitações do corpo parando a cada trecho, mesmo não sentindo o cansaço é essencial.

Conhecer outros países, outras culturas... boa culinária e a falta dela, sempre nos lembra do paraíso em que vivemos, do quão grato devemos ser todos os dias por ter o que temos!



Até a próxima aventura em 2 rodas!!!

29 de Abril de 2016 - 9º dia - De Rio Grande RS à Jaraguá do Sul SC

O dia amanheceu meio nublado, mas pelo menos não estava chovendo.

Paramos no posto para abastecer e o Vlad (mototaxista, amante de 2 rodas),  se ofereceu para nos 'escoltar' até a balsa para que fizéssemos a travessia à São José do Norte RS.





Já devidamente 'embarcados' na balsa...



Para nossa surpresa, a balsa 'encalhou' :D
















Ficamos cerca de 2 horas à deriva aguardando auxílio...

"O resgate"














Enfim... do outro lado




Bem, daqui, nosso próximo destino era chegar até o início/fim da rodovia BR-101... então, vamos lá!





Chegamos ao fim do fim da estrada :)




Segundo um morador local, exatamente neste ponto, onde termina o calçamento e começa a estrada de terra (areia rs) inicia/termina a BR-101.

Havia uma placa no locar, mas durante uma obra da prefeitura, retiraram a placa e não colocaram mais.




Na falta da placa, escrevi no chão mesmo para poder, ao menos, registrar.













Depois de mais esta etapa cumprida, vamos para casa!








Lagos dos Barros, Osório RS



















Já em Santa Catarina, paramos para um café em São João do Sul e nos despedirmos dos parceiros de viagem



Agora, rumo à Jaraguá do Sul
















Depois de rodar 4.167 km em 9 dias de viagem... estamos em casa!!!














Foi uma experiência única, pois cada viagem tem suas particularidades. Para mim, como primeira deste porte, acho que fui bem. :D


Que venha a próxima!!!

sexta-feira, 27 de maio de 2016

28 de Abril de 2016 - 8º dia - De Piriápolis URU à Rio Grande RS BRA

O senhor que cuidava do hotel nos preparou um café "muito" bom. Afinal, éramos os 'únicos' hóspedes :D

Saímos de Piriápolis com destino à Punta del Este.



No caminho, entramos em Punta Ballenas para conhecer a Casapueblo.

"Casapueblo é a antiga casa de verão do artista plástico e arquiteto uruguaio Carlos Páez Vilaró, atualmente uma cidadela-escultura que inclui um museu, uma galeria de arte e um hotel chamado Hotel Casapueblo ou Club Hotel Casapueblo, que fica dentro da estrutura. Está localizada em Punta Ballena, próximo de Punta del Este, no Uruguai. Construída ao redor de uma casa de lata chamada La Pionera (Da Pioneer), foi o arquiteto Carlos Páez Vilaró quem a desenhou, com um estilo semelhante ao das casas da costa mediterrânea de Santorini. Mas, o arquiteto geralmente referia-se ao forneiro, um pássaro típico do Uruguai, para explicar o tipo de construção."
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Casapueblo




Depois de passar pela Casapueblo, vamos para Punta del Este...

Entrando na cidade




Monumento La Mano






Neste ponto é onde o Rio da Prata se junta ao Oceano Atlântico




Parada para abastecer...

















E pegar a estrada.... que é longa!







E vamos ao Chuy




Um dado interessante: aqui na rodovia há uma pista de pouso

Fim da pista


Inicio da pista



Cruzando a fronteira entre Uruguai e Brasil




Aduana


Chuy/Chui


Saindo do Uruguai...


Paramos aqui no Chuy para almoçar e fazer umas 'comprinhas' nos Duty Free :)


Aqui onde as motos estão estacionadas é Chuy URU, do outro lado da avenida é Chui BRA.

Depois de 'achar' lugar para guardar as coisas compradas... paramos no posto para abastecer.


Eis que o frentista abastece a moto do nosso companheiro (Nazareno) com diesel... :P


Levamos um tempinho aqui até conseguirem tirar todo o diesel e, finalmente, abastecer a moto com gasolina, claro! :)

Como diz meu marido: tudo é história!


Então, hora de pegar a estrada. Precisamos chegar em Rio Grande RS.






















Chegamos à noite no Rio Grande, foi uma boa  'tocada'.

Conseguimos nos hospedar no Hotel Almanara. (http://www.hotelalmanarariogrande.com.br/site/home/) que nos foi indicado por João Ribeiro, motociclista que nos auxiliou na busca. Hotel muito bom.